Campanha de economia de energia no IFC propõe recompensas em compras de livros
Escrito por juliana.motta. 3 de janeiro de 2020, às 12:23O Instituto Federal Catarinense (IFC), por meio do Núcleo de Gestão Ambiental (NGA), lançou nesta segunda-feira (6) uma campanha de economia de energia elétrica que almeja reduzir o consumo em toda a Instituição em até 10%. O projeto institui recompensas para cada patamar de racionamento – mais especificamente, recursos de até 100 mil reais para compra de livros para as bibliotecas de todas as unidades.
A iniciativa irá se estender durante todo o ano. Além da economia financeira, a proposta tem como objetivos a promoção do consumo consciente, o estímulo à adoção de hábitos mais sustentáveis e o fomento da cultura da gestão estratégica e do planejamento no IFC.
“Trabalhamos com duas metas, calculadas com base no consumo em kW/h no ano de 2019. A primeira prevê a redução de 5% no consumo de energia e a segunda, mais audaciosa, de redução de 10% do consumo”, explica o coordenador-geral do Núcleo, Diego Mioranza. “Se o IFC atingir a primeira meta, a Reitoria vai disponibilizar R$ 50 mil para compra de livros para as bibliotecas dos campi e da Reitoria; no caso da segunda meta, seria um valor de R$ 100 mil”. A distribuição da recompensa será de acordo com a quantidade de alunos atendidos em cada campus.
De acordo com Mioranza, a campanha propõe recompensa em livros porque são bens que são de interesse comum a todos os campi, maximizando-se assim o engajamento da comunidade. A iniciativa é parte do Plano de Logística Sustentável do IFC, instituído no ano passado, que trata de diversos eixos ligados à sustentabilidade. O projeto atende a uma destes eixos: o do consumo – seja de água, luz, copos descartáveis, combustível etc.
Mioranza conta que a campanha foi elaborada de forma a atender alguns princípios básicos. “Um eles é que o projeto resultasse em uma redução objetiva de consumo em todas as unidades; outro é que a iniciativa atuasse somente sobre os costumes e hábitos da comunidade acadêmica, excluindo a compra de equipamentos (como uma usina fotovoltaica) ou a alteração da matriz energética do Instituto”.
O coordenador-geral do NGA ressalta que a verba para a compra dos livros é originada pela própria campanha – uma vez que o montante poupado em virtude da redução do consumo de energia excede bastante o valor das recompensas previstas. “Para se ter uma ideia, o IFC gasta hoje cerca de R$ 4 milhões e 600 mil reais por ano em eletricidade. Então, se atingirmos apenas a primeira meta de 5%, teremos uma economia em torno de R$ 230 mil. Parte dessa redução de despesas é que será transformada em livros”.
Mioranza afirma ainda cada unidade pode personalizar a campanha para sensibilizar a comunidade local. “Em havendo redução de consumo, o resultado da redução de gastos é todo concentrado nos campi ou na reitoria. Digamos que o gasto de uma dessas unidades seja de R$ 600 mil por ano; se a meta de 10% for atingida, isso resulta em uma economia de R$ 60 mil em recursos – que poderão então ser aplicados em alguma demanda local”.
Texto: Cecom/Reitoria/Thomás Müller
Imagem: Cecom/Reitoria