Estudantes relatam experiência com prática de Estágio Supervisionado adaptado no curso de Pedagogia

Um dos componentes obrigatórios para a conclusão da licenciatura em Pedagogia é a realização de um Estágio Supervisionado com o objetivo de que os estudantes tenham contato com a realidade profissional dos espaços escolares.

As professoras orientadoras do Estágio Supervisionado, Alexsandra Joelma Dal Pizzol Coelho Zanin, Jane Suzete Valter e Kelly Aparecida Gomes comentam sobre a realização do estágio curricular adaptado para pessoas com deficiência, realizado em 2022.

“Essa experiência promoveu ricos momentos de aprendizado para as estudantes, para as orientadoras de Estágio, para as professoras e crianças que participaram das intervenções pedagógicas promovidas, tanto em relação às atividades didáticas realizadas pelas estudantes, quanto em relação à perspectiva inclusiva possibilitada pela participação e pelo acolhimento das estudantes, ação fundamental na integração de pessoas com deficiência no campo do Estágio”.

As professoras contam que a coordenação do curso, em parceria com a AEE, precisou construir estratégias de adaptação à realização do Estágio, como fazer contato com a Secretaria Municipal de Educação para encontrar escolas com acessibilidade disponíveis para receber as alunas.

A acadêmica Thaís Camila da Silva foi uma das alunas que realizou o Estágio Supervisionado adaptado. Ela relata que a experiência suscitou um misto de sentimentos. “Os estágios foram os meus queridinhos e ao mesmo tempo meus inimigos, eu chorei e chorei muito, mas também dei as melhores gargalhadas da minha vida…foi uma mistura de sentimentos! As crianças ganharam o meu coração, me receberam com muito amor e carinho, o que me surpreendeu, pois eu tinha receio do que elas iriam pensar pelo fato de eu ser cadeirante”, conta Thaís.

“Todos os estágios me deram mais esperança na minha autonomia como uma futura pedagoga, além de fazer uma reflexão sobre a minha identidade docente. A experiência comprovou ainda mais que existem inúmeras maneiras e possibilidades que possam atender às minhas necessidades específicas para trabalhar na área, as crianças depositam toda a confiança delas independente das pessoas, elas não olham para aparência ou condições. Foi gratificante!”, completa Thaís, que está prestes a se formar no curso de Pedagogia. Ela vai colar grau na solenidade de 14 de abril de 2023.

Sobre sua experiência como aluna ao longo de cinco anos no IFC, Thaís diz que sempre se sentiu acolhida. “O IFC foi a escola que mais me acolheu, sempre suprindo pela minha autonomia, as minhas necessidades específicas, com uma boa acessibilidade”. Ela conta que escolheu estudar no IFC por ser uma instituição gratuita e de qualidade.

“Inicialmente ingressei no curso de Ciência da Computação, por acreditar que seria mais fácil trabalhar nessa área. Mas eu não me identifiquei com o curso e resolvi mudar para Pedagogia a partir de uma conversa com a amiga Sabrina Secco, que me mostrou que Pedagogia não se restringe a dar aulas. Ela me inspirou a entrar no ‘mundo mágico e desafiador da Pedagogia’. A Sabrina foi sem dúvida uma das pessoas fundamentais nesse processo de transferência de curso, ao esclarecer que com a Pedagogia podemos trabalhar em muitas áreas.

A estudante Liciane Dalla Lasta também participou do Estágio Supervisionado adaptado. Ela relata a importância do apoio dos professores não apenas durante o Estágio, mas ao longo de todo o curso.“Os professores me ajudaram muito, cada um com seu jeito especial de ensinar, me apoiaram e continuam me apoiando até hoje”, relata Liciane, que está na reta final do curso com previsão de colar grau até o final do ano.

“Desde criança eu tenho o sonho de ser professora, por isso escolhi estudar Pedagogia no IFC. Esses anos de curso foram muito bons, cada professor que passou pela minha trajetória me ajudou bastante, tem um pedacinho de cada um na minha formação e eu me sinto muito honrada de ser aluna do Campus”. Liciane conta que pretende seguir estudando, e planeja fazer uma especialização em Educação com Ênfase em Educação Especial.

No âmbito no IFC, todo estudante com alguma deficiência ou necessidade específica é atendido pelo AEE e pelo Núcleo de Acessibilidade às Pessoas com Necessidades Específicas (NAPNE). A instituição segue as políticas nacionais de inclusão, em especial a Lei de Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei no 13.146/2015). Em todos os processos seletivos de ingresso para os cursos do IFC, há uma reserva de vagas para esse público (cotas).

Dúvidas e orientações a respeito deste tema, podem ser obtidas diretamente com o NAPNE pelo e-mail napne.videira@ifc.edu.br ou telefone (49)3533-4906/4909.

_{Texto: Cecom Videira / Juliana B. Motta Peretti – Fotos: Coordenação de Pedagogia}